O gráfico ao final do texto mostra a evolução do PIB brasileiro nos últimos anos. É fácil verificar que a economia brasileira está em declínio desde 2013 e que o pequeno crescimento nos dois últimos anos não foi suficiente nem para recuperar as perdas de 2015 e 2016.
Não há sinais de recuperação, pelo contrário, até mesmo analistas do mercado financeiro reconhecem a continuidade da crise. Alguns elementos que comprovam essa tendência: desaceleração da economia em vários países (como China) e recessão em outros (como Alemanha) dificultam as exportações brasileiras; queda de investimentos público e privado em vários setores da economia como infraestrutura, maquinaria, endividamento das famílias, que leva a diminuição do consumo, etc.
A crise é do capitalismo e nós que pagamos?
A cada crise a burguesia e seus governos vêm com o discurso de que todos devem se sacrificar e dar sua contribuição para se sair da crise, etc.
Mas, sabemos que não passa de conversa porque sempre vemos o aumento do desemprego, da miséria, da retirada de direitos, aumento da população em situação de rua e outras consequências contra a classe trabalhadora.
Os ricos não perdem nem na crise. É o caso da Reforma Trabalhista e da Lei da Terceirização que prometiam retomar a economia e mais emprego, mas, o que estamos vendo são milhões de desempregados e os poucos empregos gerados são precários (trabalho intermitente, jornada e salário menores) e com salários mais baixos.
Tiram de trabalhadores para dar aos ricos. É assim que os capitalistas enfrentam a crise.
Por uma saída dos trabalhadores
Se não podemos esperar nada de empresários e nem desses governos, nós trabalhadores precisamos construir um plano de luta, defender um programa radical com reivindicações que solucionem a crise a nosso favor e que sejam os empresários que paguem: Redução da jornada de trabalho sem redução do salário para todos/as terem emprego; não pagar a dívida pública; estatização do sistema financeiro, Reformas Agrária e Urbana se ter o que comer e onde morar.