A privatização das Refinarias da Petrobrás segue a todo vapor e a REGAP em Minas Gerais encabeça a lista. As grandes empresas do setor petroleiro vão assumir um filão muito lucrativo e, como ocorre em todas as privatizações, por um preço bem abaixo do mercado.
Isso ocorreu recentemente com três Plataformas, na Bacia de Campos, que juntas foram vendidas por apenas R$ 7,5 milhões.
Essa é a prática do governo Bolsonaro e Paulo Guedes: entregar a riqueza nacional para empresas privadas e praticamente de graça. Dinheiro que poderia ser destinado aos programas sociais, Educação e Saúde públicas, etc.
Esses problemas da privatização têm consequências: Uma delas é a situação de trabalhadores e trabalhadoras da Petrobrás, que além de terem direitos retirados, sofrem com a ameaça de desemprego, com a perseguição política e até com punição.
Fim das perseguições políticas e punições a quem não se cala
Privatizar traz tantos danos que sempre tem resistência da classe trabalhadora. Em Minas Gerais, por exemplo, na campanha salarial os trabalhadores fizeram uma greve forte e resistente. Isso já deveria ter mostrado para o governo e para a diretoria a importância de defender uma empresa estatal.
Mas, a Petrobrás e o governo insistem em desrespeitar quem produz a riqueza e têm perseguido Cipeiros e dirigentes sindicais nos locais de trabalho como forma de ameaçar os demais trabalhadores e seguir com a venda fatiada da empresa.
Buscam calar quem resiste e impuseram punições contra Leonardo Auim, Thiago Machado, Gustavo Helmold e Cristiano Almeida com suspensões que variam de 5 a 27 dias, sem ao menos o direito de se defenderem. Isso demonstra o caráter político dessas punições.
*A resposta: a Campanha de solidariedade *
Logo após a primeira punição foram realizadas atividades políticas e atos na porta da empresa, que ganharam grande apoio dos trabalhadores e trabalhadoras.
Na luta contra essas perseguições políticas está sendo impulsionada uma Campanha de Apoio e Solidariedade a esses companheiros. Várias entidades, movimentos sociais e Organizações encaminharam Moções de Repúdio contra a atitude da empresa, publicizaram nos meios de comunicação e vários/as militantes do movimento social também contribuíram com vídeos divulgando a campanha, fortalecendo a luta e prestando solidariedade.
Novas ações na campanha são urgentes e necessárias para cancelar as punições
Como parte dessa Campanha, no próximo dia 11/11, os Sindicatos dos Petroleiros em todo o país preparam ações nas bases da categoria para pressionar a empresa a cancelar as punições.
O Conselho Deliberativo da FUP (Federação Única dos Petroleiros), do dia 27 de outubro, aprovou realizar várias ações nos locais de trabalho pelo país. É uma iniciativa importante, pois permite fortalecer a luta dos Petroleiros em MG, que é nacional.
É importante que a FNP (Federação Nacional dos Petroleiros), com Sindicatos ligados à CSP Conlutas, incorpore essa pauta nas assembleias que discutem a nova forma de pagamento da PLR para a categoria. O Sindicado de Petroleiros de São José dos Campos, ligado à FNP, já anunciou a participação nos atos do dia 11 com o atraso no horário de entrada.
É fundamental e necessária a continuidade das ações de solidariedade de classe. Só com muita luta essas punições serão canceladas.
Contra perseguições, punições e práticas antissindicais que ocorrem por todo o país!
Contra a privatização da Petrobrás! Fora Bolsonaro e todo o seu governo!