A pandemia provocada pelo Coronavírus coloca a humanidade diante de seu maior desafio das últimas décadas. Contaminados e mortos são contados aos milhares. E esse sistema social que coloca o lucro acima das necessidades das pessoas dificulta ainda mais ações efetivas contra a proliferação do vírus, como o isolamento social.
É verdade que o vírus não escolhe classe social, mas também é verdade que no capitalismo as maiores vítimas são da população pobre: favelas com grandes aglomerações inclusive verticais; sem-tetos e sem-terras; com falta de convênio médico, de programas sociais, etc. Enquanto isso, os ricos estão “isolados” em suas mansões, fazendas e iates. E, muitos desses, pedem o fim do isolamento social “porque o país não pode parar” mesmo colocando a vida dos demais em risco.
Essa pandemia chegou em um momento de profunda crise econômica com milhões de pessoas desempregadas, com o aumento da extrema pobreza e da fome, com falta de moradia, entre tantos outros problemas para a classe trabalhadora, sacrificando ainda mais essa parcela mais pobre. Isso está indicado nos dados de contaminação e mortes, expondo até mesmo a falta de acesso aos produtos básicos para a proteção.
No caso do Brasil, a aplicação das medidas neoliberais sem limites (intensificação do trabalho precário, da privatização da Saúde, Reforma da Previdência, EC 95, da diminuição de investimentos em serviços públicos, etc.) comprometem o futuro do país e até mesmo da vida, como sempre tem sido dito pela esquerda.
E as recentes medidas adotadas estão longe de atender as necessidades das pessoas. Os R$ 600, por exemplo, ainda que importantes e acima do que queriam Bolsonaro e Paulo Guedes, são insuficientes.
E esse valor poderia ser muito maior com apenas duas medidas: não pagar a Dívida Pública aos banqueiros/agiotas e taxar a renda/património de ricos e bilionários.
Com isso, poderíamos ter mais de R$ 1,3 trilhão (R$ 1,065 trilhão que foram pagos aos banqueiros/agiotas em 2019 e mais R$ 272 bilhões se fossem taxadas grandes fortunas/altas rendas), o que garantiria renda básica aos 40 milhões de trabalhadores desempregados e informais, aumentar orçamento da Saúde, realizar obras públicas, etc.
“Paz entre nós, guerra aos senhores!”
Enfrentar uma ameaça como essa pandemia no capitalismo é uma tarefa muito difícil, pois, como dissemos, na maioria das vezes, as pessoas têm de escolher entre comer, comprar produtos para se protegerem ou se isolar. Sem renda, são empurradas a romperem o isolamento social sob risco de morrerem de fome.
Ainda assim, se não bastassem todos esses problemas, Bolsonaro e a maioria dos empresários fazem pressão para o fim do isolamento social (medida fundamental para diminuir o ritmo da contaminação, conforme OMS e outras entidades médicas), o que levará a um número maior de mortes entre nós.
Então, entendemos que a luta contra esse sistema precisa e deve continuar para proteger a nossa vida e a sobrevivência da humanidade.
E, se por um lado, é importante nos mantermos bem firmes nas reivindicações por direitos (quarentena, não pagamento da Dívida Pública, etc.), por outro, precisamos criar instrumentos de solidariedade entre nós, trabalhadores/as, para nos fortalecermos e continuarmos vivos. Enfim, é uma luta em várias trincheiras.
Emancipação Socialista reitera chamado para Campanha
Com tudo isso, está colocada a necessidade do movimento social criar uma rede de solidariedade que envolva organizações de esquerda, sindicatos e ativistas para possibilitar medidas como doações de alimentos, produtos higiene, etc. e que retome as relações solidárias no interior da nossa classe, fundamentais para nos fortalecer na luta contra o governo e contra o capital.
Sabemos que nesse momento difícil e de pandemia temos a urgente e importante tarefa de contribuirmos para garantir, pelo menos, condições mínimas de sobrevivência à parcela mais precarizada da classe trabalhadora.
Então, chamamos novamente as entidades e demais organizações do movimento social para impulsionarmos conjuntamente ações, dentre outras, de arrecadação (alimentos, sabão, álcool em gel, máscara, etc.) com algumas comunidades das periferias com trabalhadores/as em maior situação de risco. E que em cada localidade onde temos militância defina quais comunidades atuar.
Em momentos como esse, somente a unidade e a luta conjunta podem fortalecer e garantir a continuidade da resistência e da vida!
Para o início dessa Campanha e para as importantes contribuições disponibilizamos nosso contato:
Telefone: (11) 95675-2133
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