Neste sábado, 24 de julho, ocorreram atos em todos os estados do país e mais o Distrito Federal. Mais de 500 cidades se organizaram e mostraram que a luta pela derrubada de Bolsonaro não está só nas capitais e grandes cidades.
Também tiveram atos em outras cidades do mundo como Barcelona, Paris e Lisboa.
Isso é importante primeiro porque incorpora setores da classe trabalhadora que normalmente não conseguiriam participar nas capitais e segundo demonstra que o desgaste de Bolsonaro é todas as regiões do país. A sua impopularidade só cresce.
É um grito contra as mais de 550 mil mortes, contra o desemprego e a fome, contra a falta e o atraso das vacinas e contra as ameaças golpistas.
Atos são importantes, mas precisamos avançar para a Greve Geral
Atos e manifestações de rua são muito importantes, pois ajudam a elevar o ânimo dos lutadores e vai acumulando forças para ações mais fortes.
Mas, na luta contra Bolsonaro e seu governo só atos e manifestações já não bastam. É preciso radicalizar para derrubar Bolsonaro pela ação direta sem ter qualquer ilusão de que o Congresso Nacional vai levar adiante o impeachment, além do mais é um processo que pode demorar meses e quem está desempregado, com fome e sem vacina não pode esperar todo esse tempo.
E também tem o fato de que ele controla milhares de cargos no Estado e tem a chave do cofre. Mostrando quem sempre foi, já distribuiu cargos e deu a chave do cofre para o Centrão, buscando garantir apoio no Congresso Nacional contra o impeachment. Também colocou os comandantes das Forças Armadas para ameaças golpistas. Enfim, o caminho “pelas vias normais” não vai tirar Bolsonaro.
Por isso defendemos que está na hora de preparar uma Greve Geral no país -parar a produção e a circulação de mercadorias- para derrubar Bolsonaro e também para lutar pelas reivindicações da classe trabalhadora.
Sabemos das dificuldades, pois a maioria das direções estão mais preocupadas em quem vão eleger em 2022 do que derrubar Bolsonaro e enfrentar os ataques que a classe trabalhadora tem sofrido. Por isso, além de colocarmos os nossos esforços na preparação, é preciso exigir (e denunciar) das direções que preparem essa luta. É da responsabilidade das centrais sindicais e das direções em cada sindicato de preparar essa luta na base das categorias. Só assim vamos derrubar esse governo genocida.