Não pagar a dívida pública, taxar os ricos e atender as reivindicações da classe trabalhadora
Bolsonaro chegou à presidência com um discurso de que era o candidato antissistema. Mas sabemos que ele não é. Ele foi eleito com o apoio de empresários, meios de comunicação, bispos de igrejas evangélicas e todos aqueles que fazem parte da grande burguesia e também foi deputado por quase 30 anos. Ele é o próprio sistema!
Agora seu governo entrou em crise: a CPI está investigando o atraso na compra de vacinas e estavam mais preocupados na propina com a compra da Covaxin do que vacinar o povo. É um governo corrupto: um dólar por vacina, é o que vale a vida de cada brasileiro morto por causa do esquema de corrupção do Governo Federal!
A classe trabalhadora brasileira tem sofrido muito sob o governo Bolsonaro. A pandemia corre solta, o valor do auxílio emergencial diminuiu, há cada vez mais gente desempregada, gás e energia elétrica aumentando, preço dos alimentos aumentando, mais pessoas passando fome e sem ter onde morar.
Não bastasse tudo isso, vivemos uma crise hídrica só comparável à de vinte anos, no governo FHC. Risco de não termos água para beber e também o encarecimento da energia elétrica. Primeiro, Bolsonaro impôs a bandeira vermelha na conta de luz, aumentando o valor da tarifa. Agora, para forçar as pessoas a consumirem menos, haverá uma taxa extra.
Economizar água nesse tempo que para evitar a contaminação por coronavírus a higiene precisa ser redobrada e diminuir o uso e eletricidade nos dias frios e escuros do inverno é mais um sacrifício exigido dos trabalhadores do país.
E são os pobres que sofrem com essa situação.
Governos Genocidas
Bolsonaro e seu governo agem não para evitar essa crise, mas para piorar a situação. Incentiva o desmatamento pelo agronegócio (seu aliado político) desmantelando o ecossistema e desequilibrando o ambiente. Essa é a causa dos reservatórios estão vazios.
E continuam fazendo graça com os nossos mais de 520 mil mortos, continuam sabotando a vacinação. Continuam pagando uma dívida que já foi paga dezenas de vezes, continuam acabando com os direitos trabalhistas, atacando a Educação Pública (muitas universidades correm o risco de não terem dinheiro para as despesas básicas).
Mesmo com a onda de desemprego e a pandemia, moradores de ocupações de prédios abandonados estão sendo removidos ou impedidos de receber alimento por ordem direta de governadores como Cláudio Castro (RJ) que apoiam o presidente.
E os ricos continuam com todos os privilégios, acumulando mais fortunas, pagando menos impostos, fraudando a vacinação, tudo isso às custas do povo.
Impeachment de Bolsonaro não vai mudar a vida dos trabalhadores
Para a classe trabalhadora tanto faz Bolsonaro, Mourão, ou alguém do Centrão na presidência. Ao fim e o cabo eles defendem os interesses dos ricos e dos patrões.
Como o impeachment é uma jogada dos partidos e da burguesia para “mudar e continuar tudo igual”, ou seja, uma saída negociada entre os de cima para sair crise e manter a classe trabalhadora longe. Defendemos ir além e que Bolsonaro e seu governo (Mourão, Paulo Guedes, Damares e todos os outros) sejam derrubados pela ação e mobilização da classe trabalhadora, nada negociado.
Não podemos confiar que o Congresso Nacional vá mudar o governo e acabar com as mazelas do mais pobres. Ninguém do governo, do Congresso ou do STF vai defender que cada brasileiro tenha um teto para dormir e comida todo dia.
Só os trabalhadores em luta podem mudar suas próprias vidas. Precisamos organizar uma grande Greve Geral que derrube Bolsonaro e todo o seu governo para aplicar um programa de defesa dos interesses da classe trabalhadora, como a vacinação para toda a população, nenhuma pessoa sem moradia, emprego para todos/as, saúde e educação públicas de qualidade
É assim que os trabalhadores poderão exigir e conseguir condições melhores de vida. O primeiro passo já foi dado: trabalhadores, estudantes, indígenas, militantes do movimento negro, de mulheres, militantes e LGBT+, indígenas+ já estamos nas ruas em grandes manifestações.