Hortêncio
Durante uma conversa na monitoria do Centro de Cultura, do curso Paulo
Freire, Educador do Povo, nasceu a sugestão para a redação de um texto
sobre “Hortas Urbanas”.
Sabe-se que em São Paulo, por exemplo, existem algumas iniciativas nesse
sentido, como por exemplo, na avenida Paulista, na praça do Ciclista, entre outras.
Também na internet, uma busca rápida no Google – sobre hortas urbanas em
São Paulo, aparecerá os Hortelões Urbanos.
Na Europa, igualmente, são conhecidas essas atividades. Como é sabido, em Portugal são reconhecidas, incentivadas e cuidadas como hortas terapêuticas, sociais e pedagógicas.
A primeira vez que ouvi proposta mais definida sobre esse tema em São
Paulo, foi em campanha eleitoral de Plínio de Arruda Sampaio, pelo Psol. Na ocasião lembro-me do então candidato delinear sua proposta a ser viabilizada a partir de terras devolutas (e / ou desocupadas ou sem cumprir sua função social) – fossem particulares, municipais, estaduais ou federais, na região metropolitana.
A proposta que aqui apresentamos seria a de uma parceria entre a militância do Movimento dos Sem Terra (MST) com os Sem Teto. Sem terra e sem teto articulados para ação que viabilize a ocupação de áreas urbanas degradadas a serem reivindicadas para uso de moradia e de hortas urbanas populares.
Unir as forças desses dois movimentos, camponeses e trabalhadores das cidades, para organizar ocupações em terrenos que servem apenas à especulação imobiliária ou sem utilidade social, visando resgatá-las para moradia e também para a produção de alimentos, contribuiria com o combate à fome e na geração de trabalho e renda. Também há que se considerar o ganho em qualidade de vida, pois tornaria o ambiente mais saudável e diversamente enriquecido. Mais áreas verdes certamente impactaria o imaginário social, além de difundir o tema da educação ambiental, tão necessário nos dias em que vivemos.