A ânsia para avançar na privatização e em maior “doutrinação” da Educação pública está fazendo com que – Bolsonaro; governos como Dória/SP, Castro/RJ, Zema/MG, Renan/AL; demais parlamentares da burguesia (desde vereadores, etc.) unidos a capitalistas como Lemann (ABInBev, Eleva), Família Guedes (Kroton, Estácio), Setubal (Itaú), etc. – imponham goela abaixo o “projeto educacional” que querem nessa crise. E aproveitam a pandemia, a falta de vacinas e as mortes!
Todo esse sistema público de Ensino – imposto aos filhos da classe trabalhadora (com maioria de desempregados, ou, empregados sem direitos básicos e baixos salários, ou, forçada a um “empreendedorismo”, etc.) – está em ritmo acelerado de privatização, terceirização e aumento da doutrinação. Engloba os vários níveis e redes (nacional, estadual e municipal) desde a Educação Infantil, Fundamental, Ensino Médio (quase 40 milhões de matriculados) até a Universidade. E essa invasão pelo “empresariado da Educação” já está ocorrendo desde as creches e escolas.
Esse “mercado da Educação” quer e está impondo: 1) a destinação do Orçamento público; 2) o controle das verbas de cada criança/estudante matriculado, do livro didático, de hora-aula de cada professor/a, de merenda, etc.; 3) o controle de conteúdos e métodos de ensino-aprendizagem com centros de mídias, plataformas virtuais, teleaulas, etc.; 4) intervenções sobre o desenvolvimento intelectual e socioafetivo da população pobre de periferia (maior parcela da classe trabalhadora), etc. Não podemos aceitar tudo isso!
Isso tudo é para manter altas taxas de lucros de parcela da burguesia e manter no poder Bolsonaro com seus governos autoritários, mesmo nesse momento em que há maior aprofundamento da miséria, da fome, quantidade de mortes e falta de imunização de toda a classe trabalhadora.
Bolsonaro, governadores e parlamentares da burguesia já aprovaram leis para entregar essas verbas públicas:
a) para o Ensino Domiciliar, que reforça termos como “família educadora”, “sem sexualização precoce”, “cidadania com trabalho voluntário”, etc. E com as verbas (transformadas em vales, vouchers, etc.) sendo utilizadas em cursos nas escolas particulares de “parceiras do governo”;
b) para as Escolas Cívico-Militares, que abrangem aspectos didático-pedagógicos; educacionais e administrativos. Receberam R$ 54 milhões (só em 2020) para “levar a gestão de excelência cívico-militar” para escolas de 12 estados como edição piloto e foram implementadas 53, as previsões para 2021 são de 74 e 216 até 2023;
c) para as “empresas da Educação”, por todo o país, com o Novo Ensino Médio que tem consequências em todos os níveis/redes da Educação pública. Estudantes e Professores/as já sentem com a retirada de parte das horas-aula de Formação Geral anual; com a determinação da obrigatoriedade apenas das matérias de Português e Matemática; com o dito “direito de escolha” que já traz áreas/conteúdos/temas preparados pelo próprio governo ou cursos específicos já pré-determinados pelas escolas particulares “parceiras”;
d) com o ataque à capacidade pedagógica do “ensina-aprende”; com a inclusão do “trabalho para atingir metas” com sobrecarga (presencial e remoto). Isso tudo está contribuindo também para maior “doutrinação” das redes públicas, desprofissionalizar e desempregar seus Professores/as.
Reverter essa situação com unidade da classe na greve geral!
A burguesia até disputa o poder político entre si (direita ou ultradireita), mas, não é para diminuir a exploração, pelo contrário, é para aumentar a exploração.
Precisamos paralisar todo o país (produção, comércio, transporte, etc.) em Greve Geral!
- Contra os ataques à Educação, aos serviços públicos!
- Contra a fome, a miséria e o desemprego!
- Contra a falta de vacina! Imunização total de toda a classe trabalhadora! A vida acima do lucro!
- Contra a Reforma Administrativa!
- Fora Bolsonaro, todo o seu governo e demais (Dória/SP, Castro/RJ, Zema/MG, etc.) que aprovam e impõem leis contra a vida!