Os de cima lucrando e com privilégios e os de baixo sofrendo com todos esses problemas.
Fome, miséria, desemprego ou salário baixo, inflação alta, pessoas em situação de rua, violência, falta de verbas para Educação e Saúde públicas, enfim, são muitos os nossos problemas. Essa situação é da maioria, dos pobres.
Mas, tem um punhado de pessoas que vivem muito bem como banqueiros, industriais, latifundiários e os demais ricos.
São 62 bilionários com uma riqueza de US$ 125 bilhões tirada da exploração sobre trabalhadores, da especulação com dinheiro público, da corrupção, do não pagamento de impostos dos jatinhos, mansões, etc. No ano passado, o lucro dos 4 maiores passou de R$ 81 bilhões, isso às custas de altos juros e altas taxas de serviços.
Todos os problemas sociais e essa desigualdade são por causa da forma de funcionar da sociedade capitalista, isso não dá para consertar. A riqueza produzida não pode ser de quem não produz, tem que ser de toda a sociedade. É como uma casa com o alicerce podre que precisa ser destruída e construída uma nova.
Apresentamos algumas propostas para combater a causa desses problemas, mas a burguesia vai resistir e nós precisamos da mobilização e da organização da classe trabalhadora de conjunto para fazermos uma Revolução que acabe com essa situação.
Saúde e Educação públicas, gratuitos e de qualidade
Na área de saúde, a pandemia mostrou o quanto o SUS e os institutos de pesquisa públicos (Butantan, Fiocruz, etc.) foram e são fundamentais, ou o caos seria muito maior com as empresas privadas pouco preocupadas com vidas e muito com lucros.
Cenas de atendimento em corredores de Postos de Saúde e hospitais públicos fazem parte do cotidiano. A morte por falta de condições de atendimento ronda todo o sistema público. Enquanto isso, os ricos estão nos melhores e mais equipados hospitais que garantem cura até para os mais graves.
Na Educação, grupos empresariais buscam aumentar os lucros com a privatização e controle de mais escolas e universidades e, enquanto isso, a Escola Pública está à míngua com problemas de infraestruturas, professores e funcionários com baixos salários, violência e miséria.
No transporte público, ônibus, trens e metrôs lotados, caros e com trajetos que privilegiam as áreas centrais das cidades. Enquanto isso, empresários do transporte lucram, muitos lugares o controle é do crime organizado, há corrupção com muitas prefeituras que repassam milhões para essas empresas em troca de financiamento de campanhas eleitorais, etc. Estatização, sob controle dos trabalhadores, para reestruturar os itinerários e atender as regiões mais pobres! Cobradores nos ônibus e tarifa social até a gratuidade!
Não aos banqueiros e especuladores: Não pagar a dívida pública: Em 2021, com o pagamento da dívida pública, os banqueiros e especuladores ficaram com metade do orçamento federal. Nos últimos 5 anos, foram pagos mais de R$ 6 trilhões dessa dívida que não é nossa!
Muitas escolas, hospitais, moradias populares e creches poderiam ter sido construídas com esse dinheiro que saiu do suor do povo brasileiro e engorda agiotas que enriquecem às nossas custas. Não ao roubo do dinheiro público!
Reduzir a jornada de trabalho até ter emprego para todos/as: São 12 milhões de desempregados. Juntando quem faz bico, trabalha precário (UBER, entregadores de aplicativos, etc.) e quem trabalha meio período, a conta chega a 30 milhões de pessoas.
Um plano de obras púbicas para garantir serviços públicos de qualidade e gerar milhões de empregos!
Reduzir a jornada de trabalho sem redução salarial (até zerar o desemprego) e garantir a estabilidade no emprego para que toda família viva minimamente decente!
Não aos banqueiros e especuladores: Não pagar a dívida pública: Em 2021, com o pagamento da dívida pública, os banqueiros e especuladores ficaram com metade do orçamento federal. Nos últimos 5 anos, foram pagos mais de R$ 6 trilhões dessa dívida que não é nossa!
Muitas escolas, hospitais, moradias populares e creches poderiam ter sido construídas com esse dinheiro que saiu do suor do povo brasileiro e engorda agiotas que enriquecem às nossas custas. Não ao roubo do dinheiro público!
Reduzir a jornada de trabalho até ter emprego para todos/as: São 12 milhões de desempregados. Juntando quem faz bico, trabalha precário (UBER, entregadores de aplicativos, etc.) e quem trabalha meio período, a conta chega a 30 milhões de pessoas.
Um plano de obras púbicas para garantir serviços públicos de qualidade e gerar milhões de empregos!
Reduzir a jornada de trabalho sem redução salarial (até zerar o desemprego) e garantir a estabilidade no emprego para que toda família viva minimamente decente!
Revogar as reformas e a lei das terceirizações: As reformas Trabalhista e Previdenciária e a lei das Terceirizações não criaram empregos, serviram para tirar nossos direitos e aumentar o lucro dos patrões. Revogar essas reformas por emprego e por nossos direitos!
A terceirização precarizou ainda mais os empregos e diminuiu os salários. Serviu só para diminuir os custos e aumentar os lucros das empresas. Contratação direta e com direitos garantidos aos trabalhadores.
Reforma Urbana e Desapropriação de imóveis destinados à especulação!: Hoje temos 6 milhões de famílias sem ter onde morar, estão em condição de rua, moram em favelas, cortiços ou na condição de inquilinos por todo o país. Enquanto isso, há quase 8 milhões de imóveis vazios, a maioria para a especulação imobiliária.
Defendemos a desapropriação desses imóveis que estão na especulação imobiliária e que sejam destinados para moradias populares para as famílias sem-teto e desempregadas!
Os planos de construção devem estar sob controle dos trabalhadores com medidas para evitar desvios e favorecimentos. Os recursos devem vir do não pagamento da dívida pública. A moradia é um direito!
Reforma agrária já! Fim do latifúndio e do agronegócio!: O Brasil é um dos maiores produtores de grãos do mundo e, mesmo assim, 20 milhões de pessoas passam fome. Outras 100 milhões têm alimentação deficiente. Isso ocorre porque a agricultura brasileira é dominada pelo agronegócio e por ter a maior parte dos produtos vendidos para o exterior.
Outra causa é a concentração de terras, isto é, 1% dos proprietários rurais tem 45% do total de terras do país. Os pequenos agricultores têm 47% de todas as propriedades rurais e ocupam só 2,3% do território agrícola no país.
Defendemos a Reforma Agrária pelo fim do latifúndio e para produzir alimentos que o povo possa comprar e comer com preços mais baixos. Precisamos expropriar os latifundiários e as empresas do agronegócio para colocá-las sob controle dos trabalhadores!
Salário-mínimo do DIEESE para todos: No Brasil, 70% dos trabalhadores ganham até dois salários-mínimos (R$ 2424,00), insuficientes para ter uma vida decente, ou seja, se alimentar, morar, pagar passagem, ter lazer. Só a cesta básica custa R$ 761. É impossível, ainda mais com a inflação nesse patamar.
Garantir condições dignas de vida, seguir a Constituição Federal e pagar o salário-mínimo do DIEESE de R$ 6.394,76!
Taxação das grandes fortunas e impostos progressivos: Nesse sistema, rico pagam menos impostos do que pobres. E o pior, aeronaves, helicópteros e iates nem pagam IPVA.
Defendemos impostos progressivos, isenção para quem ganha menos, taxação de grandes fortunas e imposto progressivo sobre imóveis, ou seja, as grandes propriedades são sobretaxadas e os imóveis populares e das periferias isentos de impostos.
Taxando a renda e o patrimônio dos 5% mais ricos do país é possível arrecadar R$ 100 bilhões. Combater e distribuir a concentração de riqueza!
Estatização do sistema financeiro, sob controle dos trabalhadores O lucro dos bancos vem dos empréstimos com juros altos, cobrança de tarifas, especulação com título da dívida pública e favores do governo e do Banco Central. Os banqueiros não cumprem nenhum papel social, acobertam depósitos ilegais (tráfico de drogas, empresas, etc.) e ajudam na lavagem de dinheiro da corrupção.
Além disso, mandam na economia do país e controlam o Banco Central, que decide a política cambial e a taxa de juros (o lucro dos próprios bancos).
Pela estatização do sistema financeiro para garantir medidas econômicas que favoreçam a classe trabalhadora e destruam esse poder político e econômico!
Proibir a remessa de lucros e royalties!: As multinacionais chegam no país, exploram a classe trabalhadora, acumulam riquezas e as enviam para suas matrizes. Outras mandam dinheiro para cá (tal investimento), especulam nas Bolsas de Valores e depois, sem pagar impostos, enviam os lucros para o exterior.
É uma forma do imperialismo explorarem nossas riquezas. Todos os anos, o imperialismo retira daqui milhões de dólares na forma de “remessa de lucro”. A riqueza produzida aqui tem que ficar aqui! Não a remessa de lucros para as empresas matrizes!
Contra toda forma de opressão às mulheres/LGBT+/negras e negros!: As violências contra os setores oprimidos de nossa sociedade não param e até aumentam.
Combater toda forma de violência e opressão com a real implantação da Lei 10.639/2003 (ensino de cultura africana e indígena nas escolas)! Criminalizar de fato agressores a mulheres, LGBT+ e ataques racistas! Aborto legal, seguro e pela rede pública de Saúde para salvar a vida das mulheres!
Pelo fim da polícia militar que extermina a população negra nas periferias!
Petrobrás 100% estatal. Contra a privatização da Eletrobrás: Vivemos o absurdo aumento de pessoas acidentadas em fogão a lenha. Trabalhadores de aplicativos e motoristas de caminhão autônomos sofrem com o preço dos combustíveis. Com isso os preços e a inflação sobem ainda mais.
Essa situação é resultado da política de preços da direção da Petrobrás e do Bolsonaro, baseada no preço em dólar e não em real. Com isso, pobres pagam pelo lucro dos capitalistas
Petrobrás 100% estatal, sob controle dos trabalhadores, para garantir gás de cozinha e combustíveis mais baratos para o povo brasileiro! Destinar as riquezas do nosso solo para garantir as necessidades da população!
São muitas as empresas de olho na área de energia e na privatização da Eletrobrás para controlar e lucrar com a geração e distribuição de energia. Não à privatização da Eletrobrás, pela redução da tarifa de energia elétrica e pela soberania do país! Sistema elétrico sob controle dos trabalhadores!
Essas são algumas das reivindicações necessárias para a construção de um programa da classe trabalhadora que considera nossas necessidades imediatas e básicas. Exigem organização, fortes lutas e mobilizações com a certeza de que são lutas iniciais e parciais que necessitam ser radicalizadas. Radicalizar no sentido de atingirmos a raiz dos problemas para transformarmos de fato da sociedade injusta.