No dia 29 de agosto, a Lei 12711/12 completou dez anos a fim de garantindo vagas para negros e pardos nas universidades federais. Uma conquista de estudantes que se fez valer em todo o país, que desde 2003 já vale na UERJ com a luta iniciada lá. E precisamos defendê-la contra os ataques da extrema direita, bolsonaristas e MBL.
Eles querem atacar o direito às cotas com Kim Kataguiri propondo um Projeto de Lei que retire esse direito nas universidades federais e com Fernando Holiday propondo um outro Projeto de Lei que retire esse direito no serviço público em SP. Defendem isso para aprofundar os ataques à Educação com cortes bilionários no MEC e impedir a permanência e o ingresso das camadas populares, negras e indígenas nas universidades.
Buscam mais um profundo ataque para descarregar a crise capitalista sobre as costas da classe trabalhadora e oferecem para a juventude trabalhadora uma perspectiva de futuro sem emprego ou de trabalho precário. Restringirem esse acesso às universidades federais têm sentido apenas para quem defende universidade para poucos como Milton Ribeiro, ex-ministro preso pelas propinas em ouro.
Por outro lado, devemos estar atentos na conciliação de Lula e do PT, aliados com Alckmin (inimigo conhecido da Educação pública, juventude, de educadores e professores da rede estadual em SP).
Educação não pode ficar em baixa!
Após 30 anos em alta, as matrículas em universidades federais brasileiras reduziram pela primeira vez, conforme o mais recente Censo de Educação do Ensino Superior, divulgado em maio. No período de 2019 e 2020, o número de estudantes que entraram no ensino superior pelas universidades federais passou de 1,3 milhão para 1,2 milhão. Ao lado da diminuição de matrículas se sobressaíram também os trancamentos. A queda se repete nas universidades públicas como um todo. As matrículas na rede federal, estadual e municipal caíram no mesmo período. A última redução tinha sido entre 2011 e 2012.
Queda de investimentos nas instituições, crise de repasse da administração financeira e o sucateamento podem ser as principais razões para esta diminuição, junto à carestia de vida gerada pela crise econômica. Também entre 2019 e 2020, as federais receberam apenas 5,7 bilhões para despesas essenciais como água, luz, segurança e limpeza. A título de comparação: em 2011, foram destinados 12 bilhões para essas mesmas despesas.
O descaso do governo federal com o futuro do país se comprova, assim, também pelo desmonte promovido no Ministério da Educação (MEC), pasta que vem sofrendo cortes orçamentários e acumula uma série de denúncias de corrupção no governo de Jair Bolsonaro. Não é coincidência que os indicadores mostrem prejuízos também no ensino superior público e novas leis demonstrem a necessidade de fim das cotas. Contra o fim das Cotas! Educação pública e de qualidade não pode ficar em baixa!
Haja rachadinha!
Foram 107 imóveis negociados pelo clã Bolsonaro (principalmente Jair Bolsonaro, irmãos e filhos), com 51 adquiridos em dinheiro vivo pago parcialmente ou de forma total, isto é, a metade do patrimônio em imóveis foi comprada com dinheiro vivo.
A família Bolsonaro, principalmente seus filhos, também carrega acusação de corrupção devido às rachadinhas.
O patrimônio tem sido construído pelo menos desde a década de 1990, época que em Bolsonaro inicia sua carreira parlamentar, e está localizado em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. Ao menos 25 desses foram alvos de investigação do MP-RJ e DF. Já as compras de imóveis registradas nos cartórios em moeda corrente, ou seja, pagamentos em espécie, correspondem ao valor de 13,5 milhões na época, que corrigidos pela inflação são 25,6 milhões.
Segundo reportagem do UOL, Bolsonaro e as ex-mulheres (Rogéria e Ana Cristina) compraram 8 imóveis no valor total de 973,1 mil (3,2 milhões hoje); os filhos Flávio, Eduardo e Carlos Bolsonaro adquiriram 19 imóveis no valor total 8,5 milhões (15,7 milhões atuais); têm irmãos e mãe o que corresponde a 24 imóveis no valor se 4,1 milhões (6,6 milhões corrigidos).
Dessa forma, a família Bolsonaro vem aumentando exponencialmente seu patrimônio com a entrada de Jair Bolsonaro como parlamentar e, posteriormente, seus filhos.
É muito comum desse clã Bolsonaro despejar falas de ódio contra as consideradas minorias (mulheres, negros, LGBTQIA+, indígenas e quilombolas), exaltar torturadores e a ditadura militar. E isso é típico da extrema-direita que se utiliza de falso moralismo, enquanto está atolada em casos de corrupção e privilégios do Estado, como no caso da casta militar de alta patente presente no governo federal.
Fora Bolsonaro, todo seu governo e parlamentares contra a classe trabalhadora!