Segundo a Auditoria Cidadã da Dívida, em 2021 a Dívida Pública ultrapassou o patamar de 7 trilhões de reais. Em 2020 foram pagos quase 1,4 trilhão de reais, ou seja, 3,8 bilhões por dia.
O aumento não é decorrência de empréstimo para construir hospital ou escola, mas por rolagem da dívida (novos empréstimos para pagar para títulos que estão vencendo), pagamento de juros e outros serviços da dívida (os especuladores tem várias formas de lucrar com o dinheiro público).
Se aumentou a dívida pública isso quer dizer que vai faltar ou piorar o serviço público para a população, pois para pagá-la retiram dinheiro da educação, saúde, infraestrutura, segurança, etc. Só para dar um exemplo, nesse mesmo período os gastos da União/Governo Federal (Bolsonaro) no combate à Covid-19 caíram de R$ 524 bilhões em 2020 para R$ 109,3 bilhões em 2021.
A Emenda Constitucional 95 (o chamado teto de gastos), por exemplo, é uma garantia a esses credores, pois ela impõe um limite de gasto e investimento públicos por 20 anos, mas para os especuladores e agiotas não há nenhum limite.
A Dívida Pública é controlada por grandes grupos financeiros, agiotas e especuladores que ficam com a maior parte do Orçamento Público Federal, verbas que poderiam atender os serviços públicos utilizados pela classe trabalhadora como a Saúde e a Educação.
E isso ocorreu em todos os governos, seja os do PSDB, petistas ou Bolsonaro. Deixaram de darem aumento, retiraram direitos, enfrentaram trabalhadores, mas não mexeram com esses especuladores. É uma das causas da grande concentração de riqueza e desigualdade social no Brasil.
Enquanto essa Dívida for paga, o dinheiro público será entregue aos banqueiros e demais credores, a classe trabalhadora seguirá penando com a falta de serviços públicos de qualidade, com o salário-mínimo sem aumento real, com a aposentaria cada vez mais difícil, com perdas de direitos e com a piora nas condições de vida.
Não pagamento da Dívida Pública!
Quem detêm os títulos e ganha com a Dívida Pública
Bancos (instituições financeiras): 29,45%
Fundos de investimento: 23,97%
Fundos de previdência: 21,74%
Investidores estrangeiros: 10,56%
Governo: 4,39%
Seguradoras: 3,88%
Outros: 6,01%