De um lado, os Estados Unidos, a maior potência militar do planeta, o país que invadiu vários países e matou milhões de pessoas (Vietnam, Coreia, Iraque, Líbia e um longo etc) e tem bases militares em várias partes do mundo, está mais uma vez se colocando como a “polícia do mundo”.
Junto com os Estados Unidos está a OTAN (Organização Tratado do Atlântico Norte), uma frente militar do imperialismo, com milhares de armas atômicas, milhões de soldados e que tem como função ameaçar os povos do mundo para que continuem sendo explorados.
Também estão nesse bloco França, Inglaterra, Holanda, Portugal, etc., países colonialistas que construíram suas riquezas escravizando e dizimando povos e também saqueando suas riquezas.
E de outro lado, está a Rússia (que é capitalista) liderada por Putin, um ex-agente da contrarrevolucionária KGB (agência de espionagem da era soviética), com posições LGBTfóbicas, reacionárias e contra qualquer manifestação da classe trabalhadora.
E ainda, o governo ucraniano, fantoche dos Estados Unidos e da OTAN, é produto da chamada “Revolução Euromaidan” (referência à praça Maidan onde os manifestantes acamparam) e que foi liderada por grupos da extrema-direita, alguns de tendências abertamente nazistas, como o grupo paramilitar Movimento Azov, este inclusive se tornou um batalhão regular financiado pelas forças armadas da Ucrânia.
Ao contrário do que a mídia burguesa mundial está falando, não há santo nessa história. São todos inimigos da classe trabalhadora. Nenhum deles está preocupado com o povo ucraniano, mas tão somente com os interesses econômicos.
Essa guerra não interessa a classe trabalhadora!
Para entender uma guerra, primeiro devemos entender os interesses econômicos e os das classes sociais. É isso que define a posição dos revolucionários, sempre apoiamos os interesses da classe trabalhadora. Por isso apoiamos os palestinos contra a ocupação israelense, os vietcongues que enfrentaram os Estados Unidos ou os argelinos lutando pela sua independência nacional contra a França.
Então não aceitamos que Estados Unidos e os países da OTAN expandam seu arsenal de guerra, mas também não aceitamos que o anti-comunista Putin avance sobre a Ucrânia. Ainda, diferente do que muitos dizem, Putin não cumpre papel progressivo nessa guerra. A ação militar de ocupação faz com que aumente a simpatia do povo ucraniano com a OTAN, apoio que tem crescido desde a ocupação da Criméia.
O grande desafio – é isso que resolverá esse problema- é a classe trabalhadora ucraniana se mobilizar de forma independente das burguesias ucraniana e imperialista e impor suas reivindicações.
Sanções atingem a população, principalmente a mais pobre!
Os governos imperialistas anunciaram várias sanções econômicas contra a Rússia. O objetivo é causar crise econômica, fome, desemprego, etc. para o povo se rebelar contra Putin, ou seja, quem mais sofre são os pobres. Os ricos, os bancos e o governo se protegem. Não passam por aperto por conta dessas sanções.
Nesta guerra morrerão muitos, de ambos os lados, mas não são generais ou líderes políticos. Estarão protegidos, não passarão fome e nem suas casas serão bombardeadas. Eles se protegem e mandam aos combates os filhos da classe trabalhadora.
Serão jovens soldados, envolvidos na guerra por decisões da cúpula de seus Estados e das burguesias. Serão os seus familiares que perecerão com essa tragédia.
Nenhuma guerra entre senhores (entenda-se Estados) atende aos interesses da classe trabalhadora. Somente a luta de classes contra a classe dominante que nos oprime, vale a pena para os trabalhadores do mundo todo.
– Fora tropas russas da Ucrânia!
– Dissolução da OTAN!
– Nenhuma interferência imperialista na Ucrânia!
– Fim das bases militares em todo o mundo!