Sionismo pratica antissemitismo contra o povo árabe
Há uma forte propaganda de que lutar contra o Estado de Israel e defender o Povo Palestino é antissemitismo. Nada mais falso.
Essa mentira é tão absurda que chega ao ponto de desconsiderar que os árabes são semitas.
Mas, a verdade é que quem despeja toneladas de bombas, mata milhares de crianças, destrói hospitais e acaba com uma cidade inteira matando palestinos são os antissemitas.
Esse antissemitismo vive da mentira e visa desqualificar aqueles que lutam para que o povo palestino tenha direito de continuar existindo e vivendo em suas terras históricas. É uma mentira com o objetivo de “fabricar uma verdade” e esse foi o mesmo método utilizado pelo nazismo com o ideólogo Joseph Goebbels, que afirmava que “uma mentira dita mil vezes torna-se verdade”.
Assim, a invasão do território palestino, o racismo contra o povo árabe palestino, a proibição dos muçulmanos fazerem suas orações e transformar Gaza em um gueto são ações que repetem o que os nazistas fizeram na II Guerra.
Também buscam atribuir o antissemitismo à esquerda socialista mundial que defende a Palestina pela crítica que fazemos ao Estado israelense e ao sionismo com seus governos e grupos burgueses (como a extrema-direita e o nazismo) por perseguirem historicamente os judeus. Seguimos ressaltando que a perseguição e o massacre do Estado israelense (tentando se colocar como representante de todos os judeus) são a repetição da prática nazista contra o povo palestino.
Quem é o inimigo dos judeus?
Não somos inimigos dos judeus e não os combatemos, pois consideramos qualquer prática religiosa como algo pessoal e privado.
Historicamente os socialistas sempre foram os que mais repudiaram e lutaram contra qualquer forma de antissemitismo e foram os mais aguerridos na organização da resistência ao nazismo. Lembramos que Marx e Trótski, não apenas os dois, eram de origem judaica.
Do lado da burguesia, diversos setores divulgaram e difundiram ideias antissemitas. Diversos escritores e políticos burgueses de toda a Europa promoveram ideias antissemitas. Na Polônia e na Rússia, antes da Revolução, os judeus foram transformados em bodes expiatórios da pobreza e foram vítimas de horríveis pogrons organizados pelo Estado.
Os ataques antissemitas foram os mais variados e um desses foi a impressão do livro “Os Protocolos dos Sábios de Sião”, que pretendiam ser a Ata da Conferência em que os judeus conspiravam para dominar o mundo. Foi impresso em toda a Europa e nos EUA, inclusive financiado pelo fabricante de automóveis Henry Ford.
Ainda hoje essa campanha é levada adiante como parte da ideologia fascista e da extrema-direita mundial. O governo húngaro de Viktor Orbán frequentemente promovia teorias de conspiração antissemitas. Nos Estados Unidos, apoiadores de extrema-direita de Donald Trump marcharam em 2017 cantando “Os judeus não nos substituirão”.
Sionismo e o antissemitismo
Não acreditamos nas difamações da extrema-direita e do sionismo sobre antissemitismo, pois tentam classificar o Movimento pró-Palestina como antissemita para desviar o foco e, inclusive, tentar justificar como são racistas e o extermínio dos palestinos.
Esse Movimento é rechaçado pela mídia burguesa mundial que reproduz informações fantasiosas do governo israelense e coloca Israel como vítima, ou seja, buscam provar que o invasor das terras palestinas é quem sofre.
Dessa forma, como todo racismo, o antissemitismo precisa ser enfrentado. E hoje a maneira necessária de enfrentá-lo é defender a vida dos palestinos que, como dissemos, também são semitas.
O governo sionista de Netanyahu – que segue uma corrente política judaica – acusa de antissemita quem é contra a guerra, mas, ao mesmo tempo, despeja mais de 20 toneladas de bombas sobre as cabeças de crianças, de doentes e de idosos. Então, perguntamos: quem verdadeiramente é antissemita?
Somos contra o Estado de Israel e não contra o povo judeu
Ser contra um Estado racista e colonizador não significa odiar os judeus. Significa se opor a um Estado que expulsa um povo que vive na região há milhares de anos, que proíbe os muçulmanos de praticar sua religião, que joga concreto nas fontes de água das poucas terras que restam aos palestinos, que arranca oliveiras cultivadas por famílias palestinas há mais de mil anos e que coloca crianças na cadeia.
As barbaridades são tantas que muitos judeus se juntam às Manifestações pró-Palestina pelo mundo porque estão horrorizados com as ações do Estado sionista. São vários os exemplos que temos, desde judeus ortodoxos até a poetisa Anne Boyer que se demitiu do jornal americano The New York Times por defender o povo palestino e discordar da cobertura tendenciosa do jornal em favor de Israel.