O governo Tarcísio (Republicanos) tem aplicado o Novo Ensino Médio na rede pública estadual sem a aprovação de Professores, sem o conhecimento de suas consequências pelos alunos e sem considerar qualquer possibilidade do Revoga Já. E isso não é à toa, pois:
Já transfere parte das verbas públicas, com as parcerias público-privadas, para empresas/instituições particulares e de várias formas (administração de escolas, convêncios-chater-voucher para cursos, compras, etc.). Isso tudo, além de diminuir a verba recebida do Fundeb, incentiva a “concorrência” desigual e fortalece o caminho das privatizações.
Já retirou Disciplinas/matérias da grade curricular (Sociologia, Física, etc.) e adicionou outras (Projeto de Vida, Eletivas com Itinerários Formativos, etc.). Com isso, flexibilizou o currículo para incorporar matérias que atendam a realidade do desemprego, da falta de condições de trabalho e do tal empreendedorismo na juventude. E sem a prévia aprovação de Professores, alunos e comunidade escolar.
Já impôs as Plataformas digitais da Secretaria de Educação sem preparar a estrutura das escolas (notebooks/tablets insuficientes, falta sinal ou internet de qualidade, etc.), sem considerar a “realidade pedagógica” de cada escola e sem a participação/opinião de Professores e alunos. São plataformas carregadas que repassam dados, informações pessoais, exigem tempo extra e não atendem nem mesmo a obrigatoriedade de aplicação da atual forma de avaliação bimestral (Prova e Redação Paulista), etc.
Além disso, facilitaram as negociatas com a empresa Multilaser (do Secretário de Educação, Feder) para “manutenção” e “fiscalização” dos serviços.
Já determinou o uso de apostilas digitais com aulas preparadas pela Secretaria de Educação, inclusive com erros, com conteúdos e métodos adotados sem considerar a realidade de ensino-aprendizagem das escolas, de localização, de regiões, etc. E também sem considerar a liberdade de cátedra, sem consultar Professores, especialistas e demais profissionais da Educação pública. Ao mesmo tempo, buscou abandonar o Programa Nacional do Livro e sua verba pública.
Já aumentou a jornada de trabalho dos Professores, além da sala de aula têm-se mais horas de trabalho dentro e fora da escola, inclusive fora do horário e nos finais de semana. São plataformas digitais, Atividade Pedagógica Diversificada (APD) e Horas de Trabalho Pedagógico (ATPC/ATPL/ATPI). Com tudo isso, parte dos Professores já tem 53 aulas de trabalho semanal.
Já impôs um subsídio para não pagar o Piso Nacional do Magistério (R$ 4.420,23) como salário-base. Enquanto isso, os Professores seguiram sem o devido reajuste real do salário-base (R$ 3.014,08) para as 40 horas semanais.
O governo de Tarcísio, enquanto impõe o Novo Ensino Médio, tem contado com o respaldo da maioria da diretoria da APEOESP (Sindicato de Professores da rede estadual de São Paulo, com cerca de 180 mil sindicalizados). Isso significa dizer que a Presidência do Sindicato (PT/CUT), dentre todos esses problemas, votou pelo reajuste salarial de 50% para o governador e não buscou mobilizar a categoria contra apenas os 6% de reajuste; não esclarece Professores, estudantes e comunidade escolar e não faz companhas de enfrentamento ao governo contra as já péssimas consequências do Novo Ensino Médio. Além disso, não denuncia e nem exige do governo Lula o Revoga Já.
Por um Sindicato de luta, independente dos governos!
Abaixo o Novo Ensino Médio, Revoga já!
Redução da jornada de trabalho!
Salário-base R$ 6.389,72 (DIEESE) para jornada de 32 aulas semanais!
Contra a privatização da Educação! Fora Feder!
Por Educação pública, gratuita e de qualidade!