No Congresso do SEPE, ocorrido de 25 a 27/ 05 no RJ, ficou decidido, no âmbito internacional, condenar a invasão Russa à Ucrânia, sem apoio a Zelensky nem aos trabalhadores ucranianos.
As lutas permanentes aprovadas foram: contra o perigo do fascismo (prisão de Bolsonaro e dos golpistas de 8 de janeiro), contra o racismo e quaisquer formas de opressão.
O congresso aprovou a unificação com os sindicatos nacionais da Educação para construção da greve geral contra Arcabouço Fiscal (caso o FUNDEB permaneça) e a favor das revogações da BNCC e do Novo Ensino Médio. Os discursos dos delegados governistas consideram o Arcabouço Fiscal necessário para evitar conflitos com o Centrão, que não abriria mão do Teto de Gastos.
Houve uma manobra para não acontecerem discussões em grupos, indo diretamente para as discussões estatutárias com acordos entre organizações (teses) que sairiam vitoriosas. Não se discutiu a filiação de educadores de outras redes, por ter sido o último ponto da pauta e ultrapassado o horário. Mais uma vez a direção do SEPE deixa de lado a possibilidade da FAETEC, que tem um sindicato totalmente alinhado ao bolsonarismo vigente no Rio de Janeiro, ser representada por ele.
Dentre as mudanças estatutárias aprovadas estão a volta do SEPE à CNTE, ligada à governista CUT (enorme retrocesso); o aumento do limite de mandatos para diretoria: de 2 para 3 (maior burocratização e afastamento da base); o fundo de greve deixará de cobrir salários dos grevistas, mantendo o percentual de 4% para lutas concretas; eleição do Conselho Fiscal simultânea à da diretoria; Conselho de Ética permanente; filiação a qualquer Central Sindical.
Os delegados defensores das teses à Esquerda do governo conseguiram evitar a criação do núcleo da Capital e a proporcionalidade nas eleições sindicais foi mantida. Só que com cláusula de barreira de 10%. Isso foi uma derrota, mas governistas queriam algo pior ainda: 20%. Propostas mais combativas ao governo federal foram rejeitadas.
Paralelamente ao Congresso, o SEPE em mantendo a maior greve dos últimos 8 anos, com assembleias cheias. Inicialmente em locais menores e seguidas por atos pífios. A partir da decretação da greve, em 11 de maio, no Clube Municipal, na Tijuca, os atos ficaram numerosos e as assembleis realizadas em espaços cada vez maiores. A continuidade do movimento tem sido votada por aclamação, numa força louvável pois o governo ameaça a retirada da GLP (hora extra) dos grevistas.