Desnutrição e morte
No final de 2022 foi divulgada fortemente pela mídia a tragédia humanitária que acomete os povos da Terra Indígena Yanomami, a maior do Brasil, com 9,6 milhões de hectares, situada entre Roraima e Amazonas. A população Yanomami é estimada em mais de 27 mil pessoas falando seis idiomas diferentes. Na mesma reserva vive parte do povo Yw’kwana, de língua Karib (cerca de 750 pessoas).
Veio a público em janeiro o resgate de indígenas com desnutrição em estágio tão avançado que, mesmo com a ajuda que chegaram a receber, alguns morreram. Notícias sobre o drama dos Yanomami sempre fizeram parte do noticiário, mas agora os números de seu holocausto causado pelo garimpo ilegal vieram à tona: no ano passado 99 crianças morreram. Em todo o governo Bolsonaro foram em torno de 570.
Governo genocida e suas mãos sujas de sangue
A situação do povo yanomami é resultado da política genocida consciente de Bolsonaro. A liberação do garimpo (e sua destruição ambiental), o desmatamento, as milícias e o avanço do agronegócio na região amazônica é o que explica essa situação.
Foram vários pedidos de socorro e sem nenhuma resposta do governo Bolsonaro. Damares Alves, além do veto ao socorro ao território yanomami no auge da pandemia de covid 19, ainda franqueou (mais do que já acontecia) o espaço para missões evangélicas que visam descaracterizar sua cultura.
O Genocida já tinha avisado que, se eleito, não demarcaria nem um centímetro de terra para índios e que o erro do Exército Brasileiro foi não os dizimar.
Nesse momento, é urgente o socorro ao povo yanomami com ajuda médica e alimentação, mas é preciso mais, inclusive de proteção aos demais povos originários: garantir a demarcação de todas as terras indígenas com marco legal e não temporal, confisco de todos os bens dos empresários que participam do garimpo e do desmatamento como forma de reparação dos danos.
Que os movimentos sociais não deem paz ao governo Lula até que a justiça seja realmente feita!