Manifestações pró-Palestina estão tomando conta das universidades nos Estados Unidos e em várias partes do mundo, são estudantes exigindo ações concretas em resposta ao genocídio de Israel em Gaza, que já dura mais de sete meses.
Os protestos têm resultado em centenas de prisões nos últimos dias, com envolvimento de professores, jornalistas e até políticos, como a candidata à presidência dos EUA, Jill Stein.
Na Universidade de Columbia, em Nova York, uma das instituições mais prestigiadas dos EUA, protestos pró e contra a guerra têm se intensificado, com a polícia dispersando acampamentos montados por estudantes.
Várias outras universidades em todo o mundo testemunharam grandes manifestações, incluindo universidades proeminentes como Yale, Harvard, Virginia Tech, University of Texas em Austin e University of California em Berkeley.
Na Austrália, as manifestações ocorrem nas Universidades de Melbourne e Sydney. No Canadá, nas Universidades McGill e Concordia.
Na França, ocorreram barricadas no Instituto de Estudos Políticos de Paris (Sciences Po) e na Universidade Sorbonne, dois centros de excelência europeia. Na Itália, os estudantes estão mobilizados na Universidade Sapienza. No Reino Unido, nas Universidades de Leeds, na College London e na Warwick. No Japão, na Universidade de Waseda.
Os acontecimentos na Universidade de Columbia evocaram memórias sombrias de conflitos passados, como o tiroteio fatal pela Guarda Nacional de Ohio contra estudantes da Universidade Estadual de Kent, em 1970, durante protestos contra a Guerra do Vietnã.
Tais protestos acontecem em meio à continuidade do genocídio executado pelo estado de Israel contra a população Palestina. Já são 35 mil mortos, sendo maioria de mulheres e crianças.
Os Estados Unidos são o apoiador mais importante do estado de Israel, fornece e financia armamento, têm participação e responsabilidade direta no genocídio contra o povo palestino. Mesmo com os protestos, o presidente americano Joe Biden reafirmou seu apoio à Israel e ao massacre repudiando os atos pró-Palestina. Isso evidencia a proximidade entre democratas e republicanos referente aos temas mais centrais, como a política militar internacional, aos ataques contra a classe trabalhadora e o apoio ao genocídio contra os palestinos.
No Brasil, o estado brasileiro ainda mantém relações diplomáticas com Israel, bem como relações econômicas. Enquanto isso, outros países foram mais adiante e romperam relações com esse país. Da mesma forma, universidades brasileiras também devem desfazer qualquer cooperação com universidades israelenses, como forma de boicote à política sanguinária do estado genocida de Israel.
As lutas dos estudantes pelo mundo demonstram que parte da juventude está indignada e com revoltas por não aceitarem mães e pais agonizando e chorando sobre os corpos sem vida de seus filhos. A fome e as doenças, ativamente organizadas pelo Estado sionista, se espalham rapidamente.
Apoiamos as ondas de resistência da juventude pelo mundo e que esta onda seja viva nas universidades brasileiras!