Em dezembro de 2023, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) estabeleceu a Operação Verão na Baixada Santista após a morte de um policial e ampliou esse projeto com a morte de outro policial em fevereiro de 2024.
Esse revanchismo já custou a morte (até o momento) de 56 pessoas e muitas denúncias de execução por parte dos policiais, inclusive de pessoas em situação de rua e de uma mulher que estava sentada no banco de uma praça. Em resposta a essas denúncias, Tarcísio declarou que “não estava nem ai”.
O governador bolsonarista segue a mesma cartilha do ex-presidente. Com a justificativa de combater o crime, colocou a polícia para amedrontar a população e sair matando a esmo. Deveria se preocupar com a garantia direitos básicos de saúde, educação e emprego. Com isso, mata o povo pobre e preto que sobrevive como pode na cidade.
Também alegam que é por conta das drogas, negando que é justamente a realidade precária provocada pelo Estado burguês que leva a toda essa situação. Assim, Tarcísio e a extrema-direita são os responsáveis diretos pelas chacinas cometidas contra a classe trabalhadora.
A Baixada Santista é, há muito tempo, um local de conflito entre as milícias e o Primeiro Comando da Capital (PCC), de forte disputa pelo tráfico e contrabando por conta do maior porto do país e essa situação nunca foi levado a sério pelos governos reacionários do Estado de São Paulo. É estranho que toda essa operação se concentrou nas favelas e nas periferias das cidades, ou seja, o comando do crime não foi combatido.
Desigualdade social e criminalidade
Também deve-se falar que o nível de desigualdade social nas cidades, como Santos e Guarujá, são alarmantes com muito luxo na região das orlas das praias e a fome, falta de saneamento básico e as palafitas nas regiões periféricas. Essa desigualdade social que alimenta o crescimento das organizações criminosas como o PCC.
Pelo que vemos Tarcísio e o seu secretário de segurança não estão preocupados em combater o crime, pois o foco deles é a atuação contra as periferias. As cenas horrorosas de pessoas carregando pelas vielas das comunidades seus amigos e parentes mortos por tiros de policiais se tornou comum.
Essa política de matar jovens da periferia é uma política consciente de Tarcísio
Como se não bastasse defender a morte do povo preto e pobre, Tarcísio diminuiu o investimento em COPs (Câmeras Operacionais Portáteis) nas fardas dos policiais militares e solicitou ao TJ-SP que não fosse obrigatório esse uso, e como o Judiciário é conivente com essa matança, foi atendido. Ele já declarou publicamente que essas câmeras são custosas e não trazem efetividade no trabalho da PM, opinião contrária a todos os especialistas em segurança pública.
Diferente de Tarcísio, um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), confirmou que o uso das câmeras diminuiu em 57% o número de MDIP (Mortes Decorrentes de Intervenção Policial). Em outra pesquisa, a Unicef verificou que no Estado de São Paulo, a MDIP caiu 62,7% entre 2019 e 2022, período que teve maior utilização das câmeras.
Em Pesquisa do DataFolha desse ano, 88% da população paulista defende o uso de câmeras pelos policiais militares. A pesquisa fez recortes de raça, gênero e posicionamento político e em todos os cenários, a grande maioria se diz favorável ao uso desse recurso pelos policiais.
Ainda assim, os recursos financeiros para esse material foram cortados em pelo menos R$37,3 milhões em 2024, pelo Governo Estadual.
Tarcísio se faz de político mediador em reuniões com o presidente Lula e segue em manifestação de rua em defesa de Bolsonaro, justamente para garantir força política e executar seu projeto de defender a burguesia e exterminar a classe trabalhadora nas periferias.
Fora Tarcísio genocida!
Mais investimento em saúde, Educação, moradia e emprego de qualidade!
Fim da proibição ao uso de drogas!
Contra o genocídio da população preta e pobre!