A força eleitoral, o aumento do número de grupos fascistas, a rede de canais no YouTube e grupos de Whatsapp e as provocações golpistas são demonstrações de que a extrema direita será uma oposição muito forte e ativa.
Esse é um elemento importante a ser considerado de como a esquerda anticapitalista vai atuar no próximo período. De um lado um governo burguês que vai aplicar planos que a burguesia defende e de outro a extrema-direita (e setores da “direita institucional”) procurando desestabilizar o governo e defendendo golpe e outras medidas antidemocráticas.
Outra questão importante é a ilusão que parte importante da classe trabalhadora terá nesse governo e o risco de, diante de uma frustração, apoiar a extrema-direita.
É nesse sentido que a esquerda anticapitalista deve buscar construir uma política que mantenha a independência de classe de “oposição pela esquerda ao governo Lula”, se diferenciando permanentemente da oposição de direita.
Essa oposição pela esquerda só se efetivará se conseguir se conectar à classe trabalhadora, num trabalho de base permanente e ajudando no desenvolvimento de sua consciência para derrotar a extrema-direita e avançar para uma luta contra o sistema capitalista.