De muitas formas podemos perceber que a guerra de Israel contra os palestinos está longe de acabar. O contínuo e permanente fluxo de armas e munições dos Estados Unidos para Israel é uma dessas formas.
Em 8 de dezembro, o departamento de estado dos EUA promoveu uma venda governamental de quase 14.000 cartuchos de munição para tanques, avaliados em mais de 105 milhões de dólares.
Biden “contornou o Congresso” com uma declaração de emergência para apressar a venda das munições que vão cair sobre Gaza. Os congressistas poderiam se opor à venda dessas armas levantando a “Lei Leahy” que exige que o governo dos Estados Unidos examine qualquer unidade militar estrangeira que receba treinamento ou armas dos EUA para garantir que ela não tenha sido responsável por “violações graves dos direitos humanos” (são uns cínicos…). Mas, não se opuseram.
Se fossem levar a lei a sério, não venderiam um só cartucho para Israel, pois é público e notório que Israel menos respeita são os direitos humanos. E também tem o fato de o Estados Unidos já terem fornecido tanta ajuda militar que se tornou impossível rastrear unidades individuais. Portanto, a verificação não acontece de fato antes do fornecimento de armas.
Como a especialidade do governo Biden é o cinismo, membros do governo firmaram que não enviarão mais armas caso “avaliarem que é mais provável do que não” que elas sejam usadas para cometer violações das convenções de Genebra com “ataques intencionalmente dirigidos contra objetos civis ou civis” ou “outras violações graves do direito internacional humanitário ou dos direitos humanos”.
Há milhares de imagens mostrando sistemáticas violações dos Direitos Humanos, mas falam mais alto os interesses da poderosa indústria de armas dos Estados Unidos que é uma sombra de morte sobre as vidas palestinas.