Israel e a mídia internacional tratam os ataques contra os palestinos como se fosse contra o Hamas. É mais uma das artimanhas da ideologia sionista, de repetir milhares de vezes a mesma mentira, como fazia o ministro da propaganda nazista Joseph Goebbels.
Mas, a verdade é que o objetivo de Israel é o extermínio do povo palestino e para isso, além das bombas que praticamente destruíram Gaza, usa a fome, a desnutrição e as doenças como arma de guerra.
Esse é um fato reconhecido até mesmo pela ONU. O diretor geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) através Tedros Adhanom Ghebreyesus, declarou que “como as pessoas continuam a ser deslocadas em massa no sul de Gaza, com algumas famílias forçadas a se mudar várias vezes e muitas abrigadas em instalações de saúde superlotadas, meus colegas da OMS e eu continuamos muito preocupados com a crescente ameaça de doenças infecciosas”. Também declarou que “desde meados de outubro até meados de dezembro, as pessoas que vivem em abrigos continuaram a adoecer.” E que havia “cerca de 180.000 pessoas sofrendo de infecções respiratórias superiores, 136.400 casos de diarreia – metade deles entre crianças com menos de cinco anos – e 126 casos de meningite“.
A fome e a desnutrição que crescem rapidamente em Gaza também foram criadas deliberadamente por Israel. Segundo a Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina (UNRWA), 40% dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza estão “em risco de fome”. A ONU ativou um Comitê de Revisão da Fome para Gaza “devido a evidências que ultrapassam a Fase 5 de insegurança alimentar aguda“, descrita como o “limite catastrófico”.
Essa situação foi criada com a imposição de Israel de um cerco à Faixa de Gaza que proibiu a entrada de todos os suprimentos, inclusive alimentos, água, medicamentos e combustível. Foi só em 21 de outubro que entraram os primeiros caminhões com ajuda humanitária. Até hoje Israel continua impondo dificuldades para entrada de alimentos e remédios em Gaza.
Tudo isso combinado com os pesados bombardeios diários, como o que ocorreu na véspera de Natal no campo de refugiados de Maghazi que matou dezenas de palestinos. Outros campos de refugiados, como Nuseirat, também foram bombardeados, matando mais palestinos como parte da estratégia genocida de extermínio da resistência e limpeza étnica.
Ano novo, velho assassino
A hipocrisia é uma característica forte do Estado sionista e de quem o apoia no mundo. Enquanto esses governos comemoravam o natal e a passagem do ano, o brilho no céu que as crianças palestinas viam era de mísseis e bombas, aliás, fabricados em países como Estados Unidos e Inglaterra.
Os bombardeios tem dois objetivos: aumentar o número de mortos e fazer com que a população abandone suas casas e se desloquem para outras regiões. Por isso as casas que resistem estão sendo demolidas.
Quem – muitos como ato de resistência- permanece em Gaza, vive com medo, sem comida, sem abrigo, sem eletricidade e ao ar livre. E nessa época a região é bem fria.
E, só confirmando a hipocrisia, tudo isso acontecendo bem próximo de onde, segundo acreditam os cristãos, Jesus nasceu. No mesmo momento que o mundo comemorava o Natal (e o nascimento de Jesus) e o Ano Novo e as crianças do mundo recebiam presentes, as crianças da Palestina estavam sob bombardeio israelense.