Já são três meses de constantes bombardeios sobre Gaza por Israel, mais de 22 mil mortos (a maioria crianças e mulheres) e outros tantos milhares que perderam membros do corpo. Não há nenhum sinal de que os ataques estão chegando ao fim, mas uma coisa é certa, o exército israelense não conseguiu ocupar Gaza e nem derrotar a resistência palestina.
O objetivo do Estado terrorista era fazer uma guerra rápida e controlar o território palestino. Sem sucesso. Primeiro que a resistência se mantém bastante ativa, são vários vídeos nas redes com ações contra batalhões e tanques do exército de ocupação e ainda tem alguma capacidade de disparar foguetes contra Tel Aviv e assentamentos de colonizadores israelenses. Até mesmo a mídia de Israel reconhece que as baixas de soldados são acima do esperado. São 172 soldados israelenses mortos desde a invasão de Gaza por terra.
Segundo fato que mostra as dificuldades das forças de ocupação, é a retirada – que Israel diz ser “um gerenciamento inteligente da guerra” e “temporária”- de parte da tropa de algumas áreas de Gaza. O comando militar alega que soldados haviam sido mortos por fogo amigo e apresentaram várias razões para isso, incluindo o fato de que os soldados estavam exaustos e isso levou a erros fatais.
Outro aspecto importante é que os vários grupos de libertação palestinos estão atuando em unidade contra a ocupação. No fim do ano soltaram uma declaração conjunta, segundo a qual, a resistência palestina havia interrompido “os objetivos do inimigo, demonstrando sua incompetência e a fragilidade de suas forças no campo“.
A declaração também incluía três exigências: cessação imediata da guerra, fim do cerco a Gaza e a última é um apelo às nações árabes para “reconstruir o que a ocupação e a agressão bárbara destruíram na Faixa de Gaza“.
Nesse momento é consenso de que os conflitos vão durar muito tempo, pois Israel não deve conseguir ocupar Gaza e, pelo menos por enquanto, os palestinos não conseguirão expulsar as forças invasoras. Assim, manter a campanha política em apoio à resistência palestina é fundamental, principalmente nesse momento que Israel encontra dificuldades militares e até políticas.