Bolsonaro e Forças Armadas comemoram as mortes e torturas
Bolsonaro e os militares preparam comemorações para o 31 de março.
Inclusive, o Judiciário, cúmplice da ditadura, disse que é “legal” a comemoração. Vão comemorar os gritos das torturas, as mortes, os desaparecimentos e o medo que a população brasileira passou por anos.
É isso que representa a ditadura civil-militar no país.
Ela foi derrotada pela mobilização da classe trabalhadora e da juventude: nas primeiras mobilizações estudantis em 1977, na luta pela anistia ampla, geral e irrestrita, nas primeiras greves operárias de São Paulo e do ABC em 1978, nos piquetes dos operários da Construção Civil de Minas Gerais e nos arrastões dos bancários pelas capitais do país em 1979.
Mas estes não foram os primeiros a enfrentar os generais do poder. Desde o primeiro dia do golpe, vários e várias combatentes se colocaram em resistência.
Sob vigilância, tiros e bombas de gás, nas passeatas, nas assembleias estudantis e na resistência armada – que podemos ter um balanço crítico sob a forma que foi realizada, mas saudamos a bravura e coragem dos que colocaram a vida em risco para luta pela libertação do povo brasileiro – se reorganizando na clandestinidade, os lutadores e lutadoras durante os anos de chumbo nos enchem de orgulho e respeito pela luta revolucionária.
Por isso dizemos que não há nada que comemorar no dia 31 de março. Não é dia de festa.
Lembrar dos nossos e repudiar os assassinos
Às milhares de pessoas desaparecidas e mortas – Bolsonaro disse que foi pouco – e as torturadas, nossas e nossos companheiros e companheiras de luta e de sonho por um mundo sem exploração e nem opressão, dedicamos nossa luta para que nunca mais tenhamos uma ditadura no país.
E a lembrança desse dia e de todo esse período vêm acompanhada de revolta e indignação com o Capitalismo e com a burguesia que produzem regimes políticos como foi a ditadura militar e também civil porque contou com apoio e financiamento de muitas empresas e empresários.
Rede Globo, Folha de São Paulo e tantos outros meios de comunicação, Volkswagen, GM, Brastemp, Kodak, entre outras tantas que somam mais de 80 empresas, financiaram e apoiaram politicamente a ditadura. A VW prestava informações para o serviço secreto e os presos eram torturados dentro da empresa. A Folha de São Paulo emprestava os seus carros para transportar os presos políticos. Todos têm as mãos sujas de sangue.
Dia 31 tem Live-ato
Para os lutadores esse dia é de luta!
Dia de lutar contra a ditadura, contra o Capitalismo e contra todo sistema de exploração e opressão.
As circunstâncias não permitem atos de rua, mas essa situação não vai impedir de gritarmos bem alto: Ditadura, nunca mais!
Para nos contrapor às comemorações de Bolsonaro e das Forças Armadas, no dia 31 de março, a partir das 18 horas, vamos fazer uma live-ato como forma de denunciar o golpe e as ameaças de Bolsonaro e da extrema-direita contra as liberdades democráticas.
E vamos contar com companheiros que fizeram parte desse momento da nossa história.