Um dia após o Supremo Tribunal Federal (STF) ter condenado o deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) por declarações a favor do fechamento do STF, Bolsonaro resolveu enfrentar a medida concedendo o indulto presidencial ao parlamentar golpista, porta-voz de todo racismo, machismo e de ataques da extrema-direita.
Segundo a imprensa, o governo preparou o decreto do indulto há semanas, antes mesmo do anúncio do julgamento. E tenta, com essa nova provocação, insuflar suas bases para se cacifar para as eleições.
Esse golpista ganhou notoriedade exaltando a execução de Marielle Franco, a ditadura militar, defendendo o fechamento do Congresso e a perseguição de opositores.
Ex-policial militar do Rio de Janeiro, Silveira se projetou em 2018 com as imagens da placa de Marielle quebrada, ao lado do ex-governador do Rio, Wilson Witzel. Filiou-se ao PSL, partido de Bolsonaro na época, e foi eleito para o cargo de deputado federal com 31 mil votos, pelo Rio de Janeiro. No Congresso, deu continuidade ao apoio ao governo Bolsonaro e defende pautas bolsonaristas, como a flexibilização do porte de armas. É uma figura odiosa, inimigo dos trabalhadores, mulheres, negros e LGBT+. Construiu carreira em cima de discursos autoritários, intimidações e atos de pura covardia, como a invasão do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, em 2019.